Em 2022, o 9º Anápolis Festival de Cinema (AFC) proporcionou cinco dias aprendizado cinematográfico, entretenimento e reflexões para o público presente. “O Festival investe no audiovisual como uma forma de unir o melhor do cinema nacional com as iniciativas dos realizadores locais”, destacou Andrea Lins, à época secretária municipal de Integração Social, Esporte e Cultura. O diálogo com os realizadores foi ampliado também para as plataformas de transmissão, com diretores compartilhando suas experiências e visões sobre o cinema. Para o público infantil, a mostra infantil percorreu diferentes áreas da cidade, levando o mundo audiovisual para espaços alternativos.
Cada um dos 15 curtas selecionados nas competitivas Curta Anápolis, Curta Goiás e Curta Brasil recebeu R$ 2 mil por sua participação, além de R$ 2 mil destinados aos vencedores em seis categorias técnicas (Melhor Filme, Roteiro, Atuação, Direção, Fotografia e Montagem) de cada mostra competitiva. No total, foram distribuídos R$ 96 mil para os realizadores e obras premiadas.
“Minha jornada com o cinema está intimamente ligada a este Festival, onde reuni minha equipe e avancei em minhas produções”, compartilha Matheus Leandro, diretor do filme “O Conto dos Lobos”, agraciado em quatro categorias técnicas, incluindo o prêmio de Melhor Filme da Curta Goiás. Matheus, que é anapolino e graduado em Audiovisual pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), expressa seu entusiasmo pelo reconhecimento.
Além disso, foi anunciado o vencedor do Prêmio Incentivar, uma iniciativa de apoio ao audiovisual local que contempla projetos de diretores anapolinos com o valor de R$ 30 mil para a realização de um curta-metragem destinado à próxima edição do Festival. “Minha experiência pessoal durante o serviço militar obrigatório e tudo o que isso implicou em minha vida inspirou este projeto”, descreve o realizador Erik Ely, contemplado pelo projeto “Eu Não Nasci Para Isso”.
Os filmes foram exibidos tanto online quanto no Instituto Federal de Goiás – Campus Anápolis, em cinco escolas e um espaço comunitário, permitindo que diversos pontos da cidade participassem das mostras do Festival.
Ocorreram conversas com todos os realizadores dos filmes selecionados, provenientes de diferentes estados brasileiros, com participação também de Havana (Cuba), representada por Rayane Teles, diretora do curta “O Ovo” (Curta Brasil). “Dessa forma, conectamos públicos, tanto localmente quanto virtualmente, ultrapassando fronteiras. O formato híbrido do Festival alcança mais pessoas, em lugares mais distantes”, destacou Nabyla Carneiro, à época diretora de Cultura.
O AFC é uma realização da Art Vídeo em parceria com a Prefeitura de Anápolis, com fomento do Fundo Municipal de Cultura de Anápolis. Desde sua criação em 2011, o Festival tem desempenhado um papel fundamental na promoção do cinema nacional e local, incentivando a produção cinematográfica independente e proporcionando um espaço para a difusão cultural por meio de exibições, oficinas, debates e outras atividades.
Premiação
Curta Brasil
Melhor Montagem: Augusto Borges, Nathalya Brum e Douglas Queiroz – “Plutão Não é Tão Longe Daqui”
Melhor Fotografia: Rebeca Francoff – “Madrugada”
Melhor Roteiro: Rayane Teles – “O Ovo”
Melhor Atuação: Valdineia Soriano – “O Ovo”
Melhor Direção: Felipe Lesbick – “Noite Macabra”
Melhor Filme: “Benzedeira”, de San Marcelo e Pedro Oaila.
Curta Goiás
Melhor Montagem: AD Ferreira – “Eldorado”
Melhor Fotografia: Edinardo Lucas – “Eldorado”
Melhor Roteiro: Matheus Amorim – “Conto dos Lobos”
Melhor Atuação: João Batista – “Conto dos Lobos”
Melhor Direção: Matheus Amorim – “Conto dos Lobos”
Menção Honrosa: “Depois de Cora”, de Lak Shamra
Melhor Filme: “Conto dos Lobos”, de Matheus Amorim
Curta Anápolis
Melhor Montagem: Bruna Chamelet e Erik Ely – “Tela Preta”
Melhor Fotografia: Alba Caldas – “Becky”
Melhor Roteiro: Daniel Sena – “Vírus”
Melhor Atuação: Wilker Postigo – “Quando os Dias Ficam Amarelos”
Melhor Direção: Jackeline Weston – “Quando os Dias Ficam Amarelos”
Melhor Filme: “Vírus”, de Lucas Montes
Prêmio Incentivar
Projeto “Eu Não Nasci Para Isso”, de Erik Ely
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Doc / 18min, 2024
DCP / 5.1
Anápolis e Goiânia (GO), Brasil
SINOPSE
O processo de alistamento militar obrigatório traz consigo uma determinação da qual não se pode fugir, forçando muitos jovens a servirem contra a própria vontade. Mas determinadas convocações são perpassadas por um complexo jogo de forças, que envolve desejos e preconceitos, em relação aos alistados com comportamento fora dos padrões normativos do ponto de vista social, racial e sexual.
CRÉDITOS
Com: Carlos Nogueira, Daiv Santos e Emanuel Costa
Direção, Roteiro e Montagem: Erik Ely
Produção Executiva: Erik Ely e Tothi Santos
Direção de Produção: Tothi Santos
Assistência de produção: Levi Mortosa
Som Direto: Iara Daniel
Direção de Arte e Figurino: Ludmylla Bomfim
Direção de Fotografia: Bruna Chamelet
Maquinária: Hudson Cândido
Edição e Mixagem de Som: Guile Martins
Colorização: Larry Machado
Realização: Dafuq Filmes, DuLuna Produções e Filmes de Preto
Distribuição: Filmes Que Não Se Veem
Apoio Institucional: IX Anápolis Festival de Cinema
Apoio: Universidade Estadual de Goiás e Curso de Cinema e Audiovisual – UEG
PRÊMIOS
Projeto de documentário vencedor do Prêmio Incentivar do IX Anápolis Festival de Cinema, Anápolis – GO, 2023;
Prêmio de “Menção Honrosa” no X FAVERA – Festival de Cinema, Mostra Goiana, Goiânia – GO, 2024
FESTIVAIS
27ª Mostra de Cinema de Tiradentes – Mostra Foco, Tiradentes – MG, 2024;
12ª Mostra Tiradentes | SP – Mostra Foco, São Paulo – SP, 2024;
2° Festival Universitário de Cinema (FUCINE), São Paulo – SP, 2024;
Curta Qui – Mostra de Curta-Metragem de Quirinópolis, Quirinópolis – GO, 2024;
I Goiânia Kino Mostra, Goiânia – GO, 2024;
X FAVERA – Festival de Cinema, Mostra Goiana, Goiânia – GO, 2024
Projeto Alfabetização Visual
O homem banana
O provocador de sorrisos
Em busca de um sonho
O valor da amizade
A saga de Emily
Anima Mostra Infantil
Tardes no Escarafuncha
Flores de Macaimbora
Contos Mirabolantes – O Olho do Mapinguari
Palavras Mágicas
Memórias da Infância
Anaclato, o Balão
Erico Rassi é diretor, roteirista e montador. Seus curtas “Sexo com Objetos Inanimados”, “Um pra Um” e “Milímetros” ganharam mais de 40 prêmios em festivais nacionais e foram selecionados para mostras competitivas na Suíça, Inglaterra, Espanha e Cuba. Em 2017 lançou seu primeiro longa-metragem “Comeback”, premiado no Festival do Rio 2016 com o prêmio de Melhor Ator para Nelson Xavier, e no Festin Lisboa 2017 com os prêmios de Melhor Filme pela Crítica e Melhor Direção pelo Júri. Dirigiu as séries “Giramundo”, exibida pela rede EBC Brasil, e “Doçaria Brasileira”, para o canal CineBrasilTV. Em 2024 seu segundo longa “Oeste Outra Vez” estreou na mostra competitiva do Cinequest Film Festival (San Jose/US) e foi selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Gramado, e será lançado nos cinemas em 2025. Nascido no interior de Goiás, seus filmes abordam o universo masculino e trazem como personagens homens rudes, subdesenvolvidos, incapazes de lidar com suas próprias falhas e fragilidades.
Com 20 anos de carreira, tem sua trajetória marcada por projetos independentes através de sua produtora, com destaque para os filmes “Comeback” e “Oeste Outra Vez” (ambos de Erico Rassi), filmados no interior goiano e ambientados em cenários pouco vistos na cinematografia brasileira.
Ainda foi produtora executiva dos longas “Biônicos” (Netflix), “O Porão da Rua do Grito” (dir. Sabrina Greve) e “Resplendor” (dir. Claudia Nunes/Erico Rassi); da novela “Beleza Fatal” (HBO); e das séries de TV “Doçaria Brasileira” (CineBrasil TV) e “Giramundo” (TVs Comunitárias).
Como produtora delegada, trabalhou em “Só Se For Por Amor” (Netflix/Série). Na função de diretora de produção, liderou projetos como “A Vida Secreta dos Casais 2” (HBO/Série), “Nosso Corpo, Nosso Sangue” (Fox/Doc) e “A Ferida” (dir. Lucas Camargo/Nicolas Zetune). Ainda como platô, gerenciou “A Cidade Aqui Dentro” (dir. Mathias Mariani) e “Samantha” (Netflix/Série). Seus projetos acumulam diversos prêmios, incluindo o Prêmio Emmy Kids Factual 2020 para “Nosso Corpo, Nosso Sangue” e Melhor Filme e Direção no Festin Lisboa para “Comeback”.
Lidiana Reis é coordenadora do Mercado SAPI e idealizadora do Prêmio CORA, que promove o desenvolvimento de projetos realizados por mulheres do Centro-Oeste brasileiro. Como produtora, Lidiana realizou cinco longas-metragens: o documentário “Paulistas” (2017) e as ficções “Alaska” (2019), “Hotel Mundial” (2019), “Oeste Outra Vez” (2024) e “Vento Seco” (2020), este último estreou no prestigiado 70º Festival de Berlim.
Lidiana é mentora de projetos audiovisuais em desenvolvimento e idealizadora de iniciativas que combinam formação em audiovisual e educação ambiental para crianças e adolescentes, como o Cine Arandu, realizado anualmente em Pirenópolis-GO.
Além disso, é sócia da Sol a Pino Filmes, onde desenvolve narrativas centradas na mulher. Entre seus trabalhos destaca-se o seu primeiro longa documental “Piedade para esta terra que me sonega o amor” e “Solina”, filme escrito e dirigido por Larissa Fernandes.
Alba Caldas é anapolina, publicitária e pós-graduada em assessoria de comunicação e marketing. Atualmente, é responsável pela produtora audiovisual Bicho de 7 Cabeças.
Produziu de forma independente dois filmes curta-metragem:
“Becky”: Seu primeiro filme de ficção recebeu o prêmio de melhor fotografia no Festival de Cinema de Anápolis 2022 e foi selecionado no 1º Festimina – Mostra Goiás na Tela e no Short Shot Fest Moscow 2022.
“Além do BlackJack”: Uma ficção gravada e editada em 24 horas, que ganhou o prêmio de melhor filme pelo público no GO Film Festival 2022.
Em 2021, Alba participou como codiretora, câmera e editora em três curta-metragens documentários para o projeto Livepainting.
Atualmente, está envolvida na produção, direção e edição do curta-documentário “Arte Marginal”, um projeto selecionado pelo Fundo Municipal de Cultura de Anápolis e pelo Fundo de Arte e Cultura de Goiás (FAC) 2022.
Outros projetos em produção incluem:
Matheus Amorim é bacharel em Cinema e Audiovisual, com experiência em diversas áreas da produção cinematográfica. Ao longo de sua carreira, Matheus dirigiu, produziu e colaborou em uma variedade de projetos, desde curtas-metragens até longas-metragens, demonstrando versatilidade e habilidade em diferentes funções.
Premiações e exibições
Rei Souza é um artista multimídia autodidata que desenvolve seu trabalho em diversas frentes: como artista visual, cineasta, músico e escritor. Filho de pais maranhenses, estabeleceu moradia no estado de Goiás a partir dos anos 90.
Rei Souza dirigiu diversos filmes que foram exibidos e premiados em festivais, tais como:
Cinema, em outras funções
Além de seus próprios projetos, Rei Souza também colaborou em outras produções:
Daniel Sena é cineasta e co-fundador da produtora anapolina Velejo Filmes, criada em 2012 junto com dois amigos. Ele se destaca na produção, roteirização e direção de filmes. Além disso, Daniel participa de projetos educacionais, lecionando cinema em escolas públicas há mais de 10 anos, especialmente nos projetos “Alfabetização audiovisual e Caravana Rosa dos Ventos”. Entre suas obras notáveis estão os curtas-metragens “Enzo”, “Mulheres do Meu Bairro”, “Hoje é Dia de Folia” e “Entredentes”, que acumularam diversas participações e premiações em festivais.