História do festival

O Anápolis Festival de Cinema, criado em 2011, ocorreu ininterruptamente até 2018, marcando o calendário nacional de festivais. Após uma pausa de três anos, 2022 é o ano de sua retomada. O evento trabalha a difusão do cinema nacional e local por meio da exibição e a promoção da produção cinematográfica independente. As mostras competitivas são seu eixo principal, para as quais são realizadas previamente as inscrições de filmes de todo o país e uma seleção especial para os filmes anapolinos. Além das mostras competitivas, a estrutura do Festival conta com atividades como oficinas, encontro de cineclubes, debates após as exibições, diálogos e mostra paralela, sem caráter competitivo.

Em cada edição, foram distribuídos entre R$ 60 mil e R$ 130 mil  em prêmios, o que totaliza nas oito edições juntas mais de R$ 480 mil que contemplaram realizadores anapolinos e de outras regiões do país. São categorias que premiam os melhores filmes nacionais, regionais e anapolinos. Entre as categorias de premiações das mostras competitivas, destaca-se o Prêmio Incentivar, que contempla um realizador de Anápolis com R$ 30 mil para a realização de um filme curta-metragem com produção para lançamento na edição seguinte do Festival.

O Festival conta, a cada ano, com a participação de figuras ilustres e importantes do cenário cinematográfico e audiovisual nacional. Em sua sétima edição, contou com a curadoria do paulista Cid Nader – já falecido – considerado por muitos colegas como o maior crítico de curtas-metragens do país, sua área de especialidade.

Naquela edição, contou também com a presença da atriz paraibana Zezita Matos e Luiz Rosemberg Filho, homenageados da edição. Luiz Rosemberg Filho é um importante roteirista e diretor carioca com mais de 50 (cinquenta) filmes produzidos (muitos censurados pela ditadura, com filmes elogiados até pelos censores, como o “Crônicas de um Industrial”), considerado um dos maiores expoentes do cinema de invenção. Em 2016, Anápolis recebeu as atrizes globais Zezé Motta e Elisa Lucinda e o ator Nelson Xavier, entre outros importantes nomes do setor.

As mostras competitivas, as exibições paralelas e as mesas de debate trouxeram importantes filmes e personalidades do cinema nacional. Pessoas como o cineasta, roteirista, ator brasileiro Jorge da Silva, nome artístico de Zózimo Bulbul, o historiador e documentarista Sílvio Tendler, que participaram da terceira edição do Anápolis Festival de Cinema, em 2013.  Rubens Ewald Filho (1945-2019) destacado comunicador, cineasta e crítico de cinema foi curador de parte das edições do evento.

A última edição do Festival, realizada em 2018, chamou atenção pelo número recorde de 249 inscrições de várias regiões do Brasil e pelo destaque da produção do Planalto Central. As duas produções premiadas na faixa nacional foram o documentário goianiense “O malabarista”, do diretor Iuri Moreno, e a ficção brasiliense “Aulas que matei”, de Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia. Foram selecionados para o evento filmes do Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Além das premiações e entregas de troféus o 8º Anápolis Festival de Cinema teve como ponto alto, homenagem póstuma ao curador, jornalista e crítico de cinema, Cid Nader. Profissional responsável pela produção crítica das seis primeiras edições do Festival